segunda-feira, 18 de maio de 2009

O sentido da vida






Para explicar o sentido da vida, é preciso entender primeiro a pergunta. A questão é difícil: por que estamos aqui? Nascemos, crescemos e morremos. Neste espaço de tempo podemos fazer muitas coisas: aprender, ter prazer, ajudar, amar... Assim, uma destas coisas deve dar sentido à vida. Ter prazer é uma das coisas que se pode ter na vida. Porém, ter prazer só faria sentido na vida se ele se perpetuasse e bem sabemos que nossos melhores dias, por melhor e mais duradouros que sejam, acabam. Ainda passaremos por dificuldades mesmo com dinheiro ou sem ele pois a vida é uma sucessão de altos e baixos. Se você acha que ter prazer é a resposta, ainda vai bater de frente com o fato que ainda morreremos. A velha filosofia do Comamos e Bebamos Pois Amanhã Morreremos só faz deixar a pergunta ainda mais indecifrável. Amar também é um aspecto da vida. Pode-se amar idéias, pessoas ou coisas. Porém, o homem tem necessidade de um amor bilateral, ou seja, ele quer ter amor também. Idéias e coisas podem vir a durar mais tempo que a vida de uma pessoa, mas não retribuirão amor. Por outro lado, amar uma pessoa de maneira mútua resolve esta necessidade, mas como ninguém é perfeito, nem o amor de uma pessoa é. Realmente resolverá um pouco, mas não completamente. O amor poderia dar sentido à vida se houvesse uma retribuição perfeita, mas como não há uma pessoa perfeita, também não é a resposta perfeita. Se você ajudar alguém, de maneira habitual, dando prazer ou até salvando a vida, terá conseguido facilitar a vida de outra pessoa, entretanto, o que acontece depois? A pessoa ainda vai morrer. No final, o que restou? Talvez essa pessoa convença outras pessoas a também serem prestativas, mas todas elas ainda terão seu fim. Ainda não há um sentido na vida. Talvez você ainda queira aprender. Seu conhecimento poderia ser transmitido a novas gerações. Isso colabora para a evolução do ser humano. Mas isso funciona como ajudar, o que já foi trabalhado acima. O ser humano ainda pode descobrir a imortalidade através de algum meio criativo, como a clonagem, mas seria ignorar a natureza humana, pois ela ainda é mortal. Além do mais, ainda há o aspecto dos altos e baixos da vida. Por que então há o sofrimento? Haveria uma resposta se o homem pudesse quebrar esse ciclo de nascimento-morte de maneira natural, maneira esta que sempre estivesse à disposição do homem, pois só assim seria uma resposta válida. Uma vez resolvida a questão da morte, há ainda a dualidade prazer-sofrimento que invade a vida (afinal, continuar vivendo não dá sentido à vida). Mas, e se fosse possível eliminar o aspecto de sofrimento? Parece que há um sentido na vida se a resposta for "Estamos aqui para buscar amor e uma existência livre de sofrimento e morte". A natureza do homem seria essa mesma. Mas só podemos dizer que há uma resposta se ela existe mesmo.
Mas ela existe.

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